30 de dez. de 2021

Como o Bonsai me ensinou a viver e empreender

 

Quando Noriyuki "Pat" Morita, o ator que interpretou o Senhor Miyagi apareceu no filme de 1984 “Karatê Kid” ensinando seu pupilo, Daniel San, a podar uma pequena árvore em plena tela de cinema, minha cabeça pirou com a possibilidade de cultivar uma árvore em miniatura tal e qual ela existe na natureza. Até hoje muitos bonsaistas ocidentais afirmam que o primeiro contato com a arte do bonsai se deu por conta do filme. 


Daniel San aprendendo com o Senhor Miyagi
Daniel San aprendendo com o Senhor Miyagi

Não bastasse todo o enredo do filme que envolveu e envolve até hoje a cabeça de qualquer criança ou adolescente, é inesquecível a figura de Miyagi podando seu bonsai e ensinando o menino a imaginar a árvore dos sonhos e depois podar o pequeno bonsai para formatar conforme sua imaginação.

Naquele longínquo ano de 1984 a única coisa próxima a um bonsai que eu consegui ter foi uma pequena muda de uma araucária plantada com a semente do pinhão e cultivada por alguns meses até minha cabeça de criança de 8 anos se ater a algo mais divertido para alguém daquela idade. Não tenho certeza, mas provavelmente num raio de centenas de quilômetros não havia ninguém que praticava a arte. Ou se existia, eu nunca saberia. É preciso lembrar que todo o conhecimento sobre qualquer tema que seja antes do advento da Internet só era possível com a procura de revistas e livros. Pior ainda para um tema restrito como este não era nada comum em uma cidade do ocidente, no interior do sul do Brasil.

Muito menos na adolescência eu acabaria por voltar a pensar em bonsai, sobretudo por conta da época que estava vivendo com transformações pessoais, inseguranças normais a esta fase e inúmeros problemas familiares, sem contar logo depois a mudança para a capital do estado para cursar o ensino superior. Foram tantas as mudanças de morada, opções e empreitadas profissionais e de vivência que nada disso certamente combina com o cultivo de apenas um bonsai que seja.

Mas em 2005, em visita a uma floricultura em busca de um simples tempero, a imagem da semente plantada em 1984 germinou. Comprei uma pequena planta vivendo em um vasinho de cerâmica esmaltada azul: uma jabuticabeira que tenho até hoje. Neste dia também iniciei um costume que tenho até hoje de nomear meus bonsai. A este, chamei de Hiroyto (Shōwa) o 124º imperador do Japão, morto em 1989.

Imperador Hirohito na década de 1980 | Agência da Casa Imperial

Imperador Hirohito na década de 1980 | Agência da Casa Imperial

Por anos cultivei apenas este bonsai. Coitado dele, inclusive! Por ter apenas uma planta, que hoje sei ser um pré-bonsai, acabei por cometer erros de cultivo, incluindo podas errôneas, além do excesso ou falta de irrigação. Quase matei o pobre Hiroyto! Por sorte, ele é resistente ao ponto de se manter em pé para testemunhar a chegada de outras espécies que tenho hoje.

Foi apenas em 2017 que o interesse pelo bonsai se expandiu em mim. Ao ter acesso de forma despretensiosa a um vídeo no YouTube sobre o cultivo de um bonsai, naquele momento pensei “mas como eu nunca tinha procurado conhecimento na Internet para aprimorar a técnica!?”

Tal qual o que ocorre com a florada de algumas espécies que demoram diversos anos para desenvolver suas flores ou sementes, eis que finalmente o mundo do bonsai voltou para que eu pudesse desenvolver inúmeros aspectos da minha personalidade, capacidade e relação com a natureza. A partir deste momento, passei a buscar o conhecimento sobre tudo o que envolve o mundo do bonsai, o cultivo de cada espécie e suas particularidades. Sim, nem todo bonsai se cultiva da mesma forma e esta é uma das lições mais importantes da arte.

Depois de inúmeras espécies e conhecimentos adquiridos, aos poucos fui percebendo o quanto a arte do bonsai pode nos dar muito além de apenas lindas plantas para ornamentar nossas casas e jardins, dando-nos lições para a vida e nossa curta existência por aqui.

Esta perspectiva sobre o mundo foi ampliada em mim desde que fomos atingidos pela pandemia do novo Coronavírus que assolou todo o mundo, pois a minha relação com os bonsai (não se usa s para o plural) se tornou mais próxima visto que ficamos todos mais em casa, no compulsório home-office.

Tudo o que direi na sequência talvez seja “chover no molhado” para quem já cultiva bonsai. Entretanto, achei interessante registrar esta percepção da arte para ilustrar minha experiência que certamente coincide com o cultivo de diversos outros tipos de plantas, outros hobbies, esportes e atividades que nos ensinam muito e nos ajudam a viver melhor.

O que o bonsai me ensinou para a vida e para empreender?
Vamos por partes...



Busca por conhecimento


Como já citei antes, sem o conhecimento adquirido sobre a arte do bonsai minhas plantas não teriam o desenvolvimento e qualidade que tem hoje. Foi apenas com a busca pelo conhecimento que pude obter o resultado que tenho hoje, sendo infinita a busca por novos conhecimentos para aprimorar a técnica.

O mesmo se dá na vida e na gestão de uma empresa ou projeto. Se você não busca novos conhecimentos que turbinam os resultados, terá um resultado medíocre.

Diferente do acesso restrito em publicações impressas, livros e revistas, hoje temos acesso irrestrito a diversas ferramentas e canais digitais para acessar tudo que seja necessário. O desafio hoje é separar o que vale a pena e o que é superficial ou até equivocado.

Antes de qualquer troca de vaso, substrato (material que é colocado nos vasos), podas ou outras intervenções, procuramos informação sobre cada espécie (planta), região que vivemos, estações do ano, recursos, irrigação e uma série de dados importantes para se chegar ao objetivo final desejado. 

 

Paciência

Na arte do bonsai a paciência é oxigênio. Praticamente nenhuma ação mais importante se dá sem paciência. Algo que é feito em determinado momento pode estar em busca de um resultado em alguns meses, talvez poucos ou até mesmo diversos anos.

Sem paciência não se chega aos resultados. Assim como na gestão de uma empresa, um projeto específico só pode obter bons resultados se a busca por conhecimento deixar a semente germinar até que, no momento certo, possa crescer e gerar os resultados tão aguardados.

Em tempo, é importante mencionar que o bonsai mais antigo que se tem notícia possui por mais de 1000 anos. Presente no Museu Italiano de Bonsai, em Crespi, Itália (Sim, ele não está no oriente!).


Bonsai de Ficus mais antigo do mundo, com mais de 1000 anos.   Imagem cedida também pelo Crespi ao site Bonsai Empire

Bonsai de Ficus mais antigo do mundo, com mais de 1000 anos. Imagem cedida também pelo Crespi ao site Bonsai Empire. 


Confesso que ainda não obtive a informação de como este bonsai chegou na Itália, mas só nos resta imaginar a saga que pode ter ocorrido para que isso possa ter acontecido nos últimos mil anos desde que a semente ou estaca deste ficus germinasse até o nosso presente.

Quantas gerações cuidaram deste espécime tão antigo? Se contarmos que em média cada pessoa que ajudou no cultivo tivesse vivido em torno de 60 anos considerando que a expectativa de vida era muito menor nos séculos passados, teríamos quase 17 gerações cultivando esta árvore que você pode admirar na foto acima.

Enquanto os vikings estavam rumando para a Groenlândia e América do Norte e ainda faltava em torno de 500 anos para a chegada de espanhóis, italianos e portugueses na América Central, alguém já estava iniciando o cultivo do bonsai de ficus de Crespi. Incrível!


Cuidado com o nebari (raízes)

Já nos primeiros materiais que temos acesso da arte do bonsai, descobrimos diversos termos que nunca tínhamos visto, quase sempre orientais e sobretudo japoneses. Embora o bonsai tenha surgido na China, foi no Japão que a arte foi refinada e acabou por ser disseminada em todo o mundo.

Um dos primeiros termos que temos acesso é o que dá nome às raízes: nebari. Entende-se como uma árvore no vaso (bon=árvore. sai=vaso. Plantado em uma bandeja.) bem cultivada aquela que demonstra uma árvore em seu estado natural com aspecto mais antigo possível e que apresenta uma raíz forte e bem desenhada. Existe toda uma gama de técnicas para se podar, incentivar o desenvolvimento e formação das raízes para que possam apresentar um estilo e demonstrar um visual envelhecido.


Imagem mostrando o nebari de um bonsai. Extraída do vídeo do ABC do Bonsai

Imagem mostrando o nebari de um bonsai. Extraída do vídeo do ABC do Bonsai

Longe do aspecto puramente biológico, precisamos lembrar que são as raízes que darão os nutrientes necessários à planta. Com uma analogia com a nossa vida, familiar, pessoal e profissional, precisamos lembrar que é imprescindível que demos atenção ao cultivo de nossas raízes.

Seja na arte do bonsai ou em nossas vidas, querendo nós ou não, são as raízes que nos darão os primeiros alimentos, influências, conhecimentos, lembranças e até mesmo exemplos (bons ou maus).

Nunca nos esqueçamos das raízes! São elas que sustentam nossa árvore.

 

Relação com o tempo (impermanência)

Quando somos crianças temos a percepção de que viveremos para sempre, envoltos no aconchego do lar, da família, dos amigos e da terna infância tão doce para a maioria. Claro que sei que nem todos têm este privilégio e temos muitas crianças vivendo em território de pobreza e guerra, sem estas sensações da infância tão importantes mas, em geral, todos temos esta percepção de que aquele estado é para sempre.

Com o passar do tempo cada vez mais somos confrontados com a realidade pois nossos entes queridos e amigos que nasceram muito antes de nós acabam por falecer. Outros, mesmo novos, têm suas vidas ceifadas por acidentes e doenças.


Imagem extraída do site Eu sem Fronteiras

Imagem extraída do site Eu sem Fronteiras
 

Meu falecido pai dizia que “o tempo é inexorável”. Nada, pelo menos por enquanto, pode ser feito para amenizar a passagem do tempo. Com isso, desde que perdi meus entes mais queridos, sobretudo meu pai, sou lembrado da nossa impermanência por aqui. No cultivo dos bonsai isso está presente a todo momento, desde sementes que não germinam, estacas ou alporquias que não vingam, até lindas plantas que por algum descuido pequeno ou grande intervenção acabam por sucumbir.

Nós todos estamos aqui, mas uma hora ou outra certamente não estaremos mais.

Na gestão de uma empresa, embora busquemos sempre a permanência, seja de membros da equipe, clientes, fornecedores e sobretudo de nós mesmos, precisamos lembrar que nem mesmo isso é definitivo. A princípio, nada é fixo ou imutável.



Relação com os ciclos da natureza

A todo momento, seja no bonsai ou no cultivo de qualquer vegetal, a percepção das variações trazidas com os ciclos da natureza são essenciais para que possamos nos adaptar da melhor forma.

Neste caso, não é apenas importante ficarmos atentos aos ciclos mais aparentes como os ciclos das estações do ano, provocados pela oscilação do eixo do nosso planeta em relação à estrela que todos nós orbitamos, o Sol. É importante que tenhamos percepção quanto às temporadas de permanência ou ausência de chuvas, umidade e pragas.

Em muitas espécies e espécimes de bonsai basta a ausência de um único dia de irrigação para que a planta morra. Nossa ligação com o mundo que nos cerca sempre nos dará chances maiores de adaptação e reação ao que nos ocorre, seja na vida pessoal, profissional, como também no cultivo de todo tipo de plantas.


Também temos ciclos em nossas relações profissionais que devem provocar ações profiláticas ou reativas, como é o caso de sazonalidades comerciais (baixa ou alta de ofertas e/ou demanda), acontecimentos maiores como no caso de epidemias ou até pandemias e tantas outras.

É vital antecipar o planejamento para a vivência em cada ciclo, seja no aumento de irrigação nos bonsai em um período de forte calor, no estoque de alimentos em casa caso seja necessário e inclusive em uma empresa com uma série de recursos humanos, físicos e estatísticos necessários à manutenção do empreendimento.

Relação com a natureza para saúde mental

Posso estar redondamente enganado, mas tenho percebido cada vez mais que muitas das pessoas que se dizem tristes, depressivas, amarguradas e desesperançosas tem uma pequena ou ausente relação com elementos da natureza. Algumas destas pessoas sentem inclusive uma aversão à vivência dos elementos e ciclos que conhecemos da flora e fauna do nosso planeta.

Envoltos na solidificação dos cristais de pozolana, mais conhecidos como concreto, não cultivam sua relação com a natureza, que tem tanto a nos ensinar e, sobretudo, fazer-nos relembrar quem seríamos se não tivéssemos nos distraído no meio do caminho.

É praticamente unânime o uso da expressão “o tempo passa rápido”, usada em diversos momentos, quase sempre na presença de fotografias antigas ou de filhos, netos e sobrinhos que crescem rápido. Pra mim, tão mal aplicado é esta expressão que me causa até mesmo espanto. Tal e qual o termo orgânico utilizado para se referir aos alimentos que não tiveram agrotóxicos ou transgênicos em seu cultivo (nossa! que bom que a comida não é mineral!).

Ora, dentro do mesmo planeta não há como o tempo passar mais ou menos rápido. Não é o tempo que passa rápido. Somos nós que investimos o nosso precioso tempo em atividades que nos distraem do que realmente gostaríamos de presenciar e ver crescer. O tempo, este nosso amigo, muitas vezes inimigo, faz com que todos nós descemos esta correnteza juntos. Não há como subir a correnteza ou nadar a favor para ir mais rápido. O que podemos fazer é estarmos atentos ao que ocorre enquanto deslizamos rio abaixo, prestando atenção ao que realmente consideramos importante.

Pela necessária forte ligação com os ciclos naturais, o cultivo do bonsai nos força a relembrar todos os dias da importância de acompanhar o crescer de cada espécime, seja uma pequena semente, uma muda pequena, um pré-bonsai e até mesmo um velho bonsai com aspecto de árvore antiga.

Para aqueles que têm prazer na relação com a natureza e podem dedicar alguns poucos momentos do dia para um hobbie, recomendo fortemente o cultivo do bonsai inclusive para uma boa saúde mental. A vivência com uma planta que pode durar décadas, séculos e até milênios como no ficus de mil anos, pode nos trazer uma percepção diferente da nossa vida.

Naturalmente é importante dizer que nenhum hobbie substitui tratamentos terapêuticos, psicológicos ou médicos, quando estes são realmente necessários. Felizmente ainda não precisei recorrer à psicoterapia, mas recomendo que pensemos na jardinagem e outras formas de cultivo da flora como atividades terapêuticas complementares.



Técnica

Desde que vi Karatê Kid numa velha TV de tubo na década de 1980 até os anos 2000 muita coisa mudou em mim, no mundo e em toda a tecnologia que nos cerca. Estudando e trabalhando com projetos digitais desde o começo da internet, em meados de 1995, quando ainda usava os velhos computadores com telas pretas e cursores verdes do terceiro andar do prédio da Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o acesso à qualquer tipo de informação publicada e intercambiada por milhares de pessoas do mundo todo fez com que a tão aclamada globalização não tivesse impacto apenas no mercado de consumo, mas em todo tipo de atividade. No bonsai não foi diferente, pois em muitos sertões de países onde livros e revistas não chegavam, foi possível que tivéssemos acesso à informações antes restritas a poucos amantes da arte.

Foi só por volta de 2016, mesmo ainda cultivando um único bonsai de jabuticabeira que tinha, o Hiroyto, percebi que poderia me dedicar mais à arte. 

 

Com muita técnica, o mestre Renato Hoening, de Curitiba, conseguiu o que muitos ainda estão tentando: um bonsai de araucária. Foto: Letícia Akemi

Com muita técnica, o mestre Renato Hoening, de Curitiba, conseguiu o que muitos ainda estão tentando: um bonsai de araucária. Foto: Letícia Akemi

Após muita informação captada por diversos artigos escritos, entrevistas, fotografias e principalmente vídeos de bonsaistas brasileiros e de diversas partes do mundo, pude aprender muitas técnicas sobre cultivo, da formulação do substrato (material dos vasos), espécies e espécimes, poda, irrigação, insolação, transplante (retirada da planta do vaso com troca de substrato, quase sempre com poda das raízes), adubação, estilos e muitas outros fatores que compreendem o cultivo. 

Diversos canais do YouTube trouxeram a primeira colaboração inicial que eu precisava para obter diversas lições sobre o cultivo de bonsai. Citarei alguns: ABC do Bonsai, Bonsai Online, Carlos Tramujas, Angelo Coffy, Bom Cultivo Bonsai e tantos outros.

Desde 2019, também fiz dois cursos com o mestre Odilon Faccio, que cultiva bonsai há mais tempo do que tenho de idade e com quem tenho muita honra de me comunicar e encontrar presencialmente. Uma honra ter recebido de presente dele alguns dos espécimes que tenho que mais gosto (cereja silvestre, brinco de índio, ficus green island e pingo-de-ouro), além de tê-lo presenteado com uma promissora alporquia de bougainvillea (primavera ou bougainville).

Desde que me dediquei a estudar a arte do bonsai com mais afinco, vejo claramente a mudança nos espécimes que possuo, seja pela beleza como pelo aspecto mais próximo ao que se busca em um bonsai, quase sempre uma árvore miniaturizada com aspecto envelhecido.

A busca por conhecimento e a mudança que o conhecimento alcançado trouxe, somado à aplicação deste conhecimento, trouxe profundas modificações positivas para os resultados alcançados. Tal como neste exemplo quanto ao cultivo de bonsai é em nossas vidas.

Isso fica ainda mais claro quando entendemos a clareza das palavras de Derek Bok, ex-presidente da Universidade de Harvard. “Se você acha que investir em educação custa caro, experimente o custo da ignorância”.



Quanto mais nos aprimoramos em qualquer assunto que seja, melhor entendemos sobre o tema e mais eficientes somos no planejamento e execução de qual atividade seja.

Hoje, em um tempo imensamente mais curto consigo resultados melhores e mais elaborados para as plantas que me proponho a cultivar.

Avaliando o aprendizado e os resultados, bons e ruins, vejo que há ainda muito a evoluir e fico contente que o aprimoramento é incessante e ininterrupto.

Desfocar para focar depois

Já falei em saúde mental antes, mas volto a citar um tema deveras importante. Uma das lições que o bonsai me deu foi a possibilidade de poder simplesmente me desligar de tudo para o cultivo, seja para uma pequena poda, limpeza de um matinho que insiste em nascer nos vasos ou para um transplante ou intervenção mais demorada.

Ao esquecer de tudo e de todos, o bonsaista, assim como o esportista, o artista e outros praticantes de outras atividades, podem desconectar de seus problemas para de concentrar em algo que lhes dá prazer pleno e concentração, traz paz, conhecimento e muitas vezes reconhecimento próprio. E nisso, as pequenas conquistas são as mais importantes pois reforçam muitas vezes dias, semanas, meses ou até anos de dedicação para que se pudesse chegar a um resultado almejado.

A desconexão da realidade que estamos inseridos no dia a dia fustigante é fundamental para que possamos enfrentar nossas dificuldades com mais leveza, presteza e sabedoria.



Visão de longo prazo

Talvez esta realmente seja a maior lição do cultivo de bonsai. Além da dedicação diária na rega e outras interações mensais, bimestrais, semestrais, por estação ou anuais, há intervenções que são realizadas buscando um resultado que só aparecerá em anos de cultivo, dedicação e principalmente paciência.

Relembro o bonsai de ficus de Crespi, na Itália, que passou na mão de cerca de 17 gerações até o presente momento com seu ápice. Foram dez séculos de cuidados e zelo de muitas mãos para que possamos hoje vislumbrar esta maravilha da arte humana.

Em uma simples poda que aproveita a chegada da primavera para obter novos brotos e crescimento pleno requer planejamento de muita resiliência. Por vezes poda-se as raízes e principalmente a parte aérea da planta (galhos e folhas) dando a impressão de que a planta vai realmente falecer. E é o que ocorre quando o cultivador não tem o conhecimento suficiente para entender a espécie, o vaso, o substrato, a rega e a intervenção que praticou.


Methuselah (Matusalém), um pinheiro (Pinus longaeva) de 4.845 anos das White Mountains, na Califórnia. Foto: Rick Goldwaser / Wikimedia

 Methuselah (Matusalém), um pinheiro (Pinus longaeva) de 4.845 anos das White Mountains, na Califórnia. Foto: Rick Goldwaser / Wikimedia


A visão de longo prazo, seja no bonsai ou em nossas vidas, é vital para que miremos lá na frente, mesmo que para isso tenhamos que conviver com resultados pífios enquanto o futuro é construído.

Um galho podado hoje apresentando um aspecto fio e muitas vezes ridículo poderá se tornar a base para novos brotos com floração e/ou frutificação incríveis em meses ou anos depois.

Persistência e resiliência

Se o assunto é persistir e ter resiliência, é preciso dizer que assim como não há bonsaista que não tenha matado várias plantas, certamente não há pessoas de sucesso que não tenham afundado empreendimentos, projetos e amizades.

Quanto a isso, o ensinamento antigo fica valendo sempre: o que importa não é o que ocorre com você, mas o que você faz com o que ocorre com você. É da limonada que fazemos com os limões que recebemos que construímos uma base sólida ao ponto de ser mais forte para enfrentar as adversidades que sempre virão.

Eu mesmo já matei diversas espécimes que tive, assim como já praticamente fali uma empresa, assim como já saí de alguns relacionamentos, assim como já passei por alguns trabalhos e projetos. Péssimas experiências forjam a nossa visão de mundo para nos tornar mais propensos à solução de adversidades.



Adubação

É na adubação que aprendemos como é importante trazer novos nutrientes para o cultivo. Para plantas em vasos é vital que sejam incluídos no substrato ou pelas folhas nutrientes adicionais àqueles que já fazem parte do material que está presente no vaso. Sem a adubação não se tem o resultado que se espera, seja para o crescimento da planta como para a floração e/ou frutificação. O espaço de um vaso é por óbvio limitado. Portanto, os nutrientes devem ser inseridos no material que serve de base para a planta ou por vaporizador nas partes aéreas (folhas, galhos e troncos). Feito um bebê que não pode se alimentar porque não tem como buscar alimento, plantas em vasos precisam que o cultivador forneça o nutriente.

O mesmo acontece em nossas vidas. Quando não alimentamos nossos objetivos, metas e sonhos, não temos o resultado tão almejado. Se quero ter uma equipe para produzir algo que pode ser comercializado, preciso antes definir requisitos, buscar talentos e meios para poder ter a base necessária para a produção e posterior comercialização. O mesmo ocorre na nossa vida pessoal nas relações que temos com amigos e familiares. É importante incluir a iniciativa para “adubar” o relacionamento, os momentos e a memória em bons dias de convivência.

Regozijo (floração / frutificação) 

Com a dedicação e zelo de todo um período para cada espécie, projeto ou sonho, mantido o período de aprendizado, aperfeiçoamento, resiliência, no médio ou longo prazo os resultados aparecem. A floração e/ou a frutificação sempre aparecerão para aqueles que persistem e mantêm o foco, mesmo com diversas adversidades inerentes ao caminho.

Com o objetivo final alcançado podemos ter certeza de que tudo valeu a pena e que o percurso foi até muito mais importante do que o resultado final pois nos ensinou a percorrer este caminho e obter os melhores resultados a partir de experiências ruins.

Anos podem se passar até que uma planta possa por fim trazer a floração almejada como vista em espécimes já cultivadas.


Flores abundantes neste enorme Bonsai de Bougainvillea, por Lorna Toledo. Site Bonsai Impire

Flores abundantes neste enorme Bonsai de Bougainvillea, por Lorna Toledo. Site Bonsai Impire


A primeira fruta, a primeira flor que se vê em um pequeno galho fazem tudo valer a pena. A primeira venda de um produto ou serviço com o retorno positivo do cliente, fazem todo o esforço de uma equipe interna ter a melhor recompensa: o reconhecimento. O primeiro olhar do(a) parceiro(a) apaixonado(a), vale uma vida.  O primeiro sorriso do filho que ainda bebê emite um contentamento em ver o pai ou a mãe, não tem preço.



Bom cultivo, muita saúde e uma excelente vida para você e os seus!

 

NOTA 1:
Este artigo faz parte de uma coletânea de cartas que tenho escrito desde 2012 direcionadas para o meu trineto.

NOTA 2:
Abaixo, veja algumas imagens do meu primeiro e mais antigo bonsai que, embora não tenha formato de árvore antiga e um tronco robusto, me ensinou muitas lições sobre a arte.



Hirohito em 1º de dezembro de 2018, já com 16 anos de idade e muito pouca ténica aplicada além de adubação, irrigação e podas.

Hirohito em 1º de dezembro de 2018, já com 16 anos de idade e muito pouca ténica aplicada além de adubação, irrigação e podas. 


11 de agosto de 2019 sem formato algum, mas já um pouco maior.

11 de agosto de 2019 sem formato algum, mas já um pouco maior. 


28 de junho de 2020. Hirohito maior e com poda de formação.

28 de junho de 2020. Hirohito maior e com poda de formação. 


8 de dezembro 2021.  Grande, bem desenvolvido, mas ainda sem formação em seu vaso que o acompanhou por longos anos.

8 de dezembro 2021.  Grande, bem desenvolvido, mas ainda sem formação em seu vaso que o acompanhou por longos anos. 


8 de dezembro de 2021 depois do último transplante, método para troca de substrato que pode envolver troca de vaso no período de um, dois ou três anos. O vaso retangular de concreto foi o segundo vaso que fiz.

8 de dezembro de 2021 depois do último transplante, método para troca de substrato que pode envolver troca de vaso no período de um, dois ou três anos. O vaso retangular de concreto foi o segundo vaso que fiz. 


20 de set. de 2016

UFSC apresenta seu catálogo de arte com monumento de Vicenzo Berti

Hoje tive acesso ao Catálogo de Artes Públicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O excelente catálogo apresenta entre suas 62 páginas as várias obras de arte em espaço público presentas na Universidade. Obras de Martinho e Rodrigo de Haro, Caio Borges, Laercio Luiz, José Luiz Kinceler, Elke Hering, Antonio Rosicki e outros artistas. 
Nas páginas 42 e 43 é apresentado o Monumento Brasil-Açores, relógio de Sol projetado por mim e por Eduardo de Souza. Construído em 2004, o monumento comemora os 256 anos da imigração açoriana para Santa Catarina. 

Confira o catálogo completo no link a seguir.

5 de mar. de 2016

Como e porque o PT cairá até 2018

Há pelo menos cinco anos tenho dito que o PT fez um favor à nossa embrionária democracia: provar de uma vez por todas a tontos ideológicos como eu fui que não basta ser de esquerda e parecer ter boas intenções, tem que ser capacitado, austero e saber gerir um país em longo prazo.

Não confio em nenhum político. NENHUM! Favor não me incluir como fã do Aecio ou outra figura da atual oposição.

Sobre teorias de conspiração contra o PT, claro que forças de poder querem retomar as antigas tetas, mas isso não é argumento para supor que nada deve ser feito contra esta péssima gestão no governo federal, que elevou em pelo menos três dígitos os desvios de capital público em benefício de um partido e de pessoas e grupos que o apoiam.

Assustei-me muito vendo o Lula e o Haddad apertando a mão de Paulo Maluf em 2012.

Sobre o impeachment, não sou a favor. Tenho a convicção de mesmo a duras penas temos que esperar 2018 para definir pelo voto o que queremos para o futuro do Brasil. Além disso, o PT construiu um enorme secto de seguidores que mais parece uma nova religião. É natural que um partido como o PT se faça parecer de coitadinho e faça parecer qualquer movimento legal como o impeachment conste na história do Brasil como um golpe. Se isso ocorrer antes de 2018, nas próximas eleições a contra-reação será ainda maior.

Antes do PT, muitos acreditavam que a esquerda daria jeito no país. No entanto, vimos alguns vários avanços mas a economia desabou. A parte mais sensível de uma nação é o bolso. E o PT cairá com impeachnent ou nas urnas pois não manteve a economia como premissa para a base da nação. Gastou o capital público como se não houvesse amanhã.

Que evoluamos como nação, doa a quem doer e que esperemos as cenas dos próximos capítulos.

12 de jan. de 2016

Livro "Deus: como ele nasceu." Recomendo fortemente.

Impressionante o livro de 2015 de Reinado José Lopes, editado por uma das melhores revistas brasileiras, a Super Interessante.

O livro tece desde a história do homo sapiens e o surgimento das primeiras deidades animistas, passando pela transformação do politeísmo em monoteísmo até as grandes religiões predominantes em nosso tempo.

A linguagem não poderia ser mais contemporânea, inclusive para os jovens, pois cita exemplos como O Senhor dos Anéis e As Crônicas de Nárnia, que recentemente ganharam grandes versões cinematográficas embora tenham sido criadas na primeira metade do Século XX. Intrigou-me não citar Star Wars :)

Recomendo o livro a crentes e descrentes, seja para reforçar sua fé ou para clarear a forma como nosso intelecto foi e é dominado por grandes transformações sociais.

Obrigado Reinaldo por ter escrito esta excelente obra.


Onde comprar?
Nas bancas. Foi onde comprei. 

8 de ago. de 2015

3 de jul. de 2015

Inteligência competitiva para projetos de Internet

Como analisar o mercado para iniciar ou manter seu negócio 

Seja para a gestão de empresas já consolidadas ou para novas empresas que estão ainda sendo planejadas, a inteligência competitiva é a forma mais indicada para identificar e analisar dados importantes sobre o mercado, a concorrência e principalmente as tendências, para que seja possível a tomada de decisão com riscos calculados.

Desde a análise de mercado, passando pela avaliação de um modelo de negócios e a aplicabilidade do planejamento para a empresa, a utilização da Inteligência Competitiva dá a percepção mais precisa para oportunidades, riscos e ameaças para que seja feita uma estratégia competitiva embasada.

Oriunda da ciência da administração de empresas, este conceito já é amplamente utilizado por grandes empresas, que dedicam departamentos inteiros à avaliação do mercado como um todo. Já existem profissionais especializados e entidades como a Associação Brasileira dos Analistas de Inteligência Competitiva (ABRAIC) e a Society of Competitive Intelligence Professionals (SCIP).

Jacobiak define Inteligência Competitiva como "atividade de gestão estratégica da informação que tem como objetivo permitir que os tomadores de decisão se antecipem às tendências dos mercados e à evolução da concorrência, detectem e avaliem ameaças e oportunidades que se apresentem em seu ambiente de negócio para definirem as ações ofensivas e defensivas mais adaptadas às estratégias de desenvolvimento da organização" (In: GOMES; BRAGA, 2001, p. 26).

O que mais se busca na IC é a pró-atividade, para que sejam antevistos cenários de dificuldades e/ou projeções para futuras ampliações de ação e outras estratégias para permanência no mercado e também crescimento sustentável. Na gestão de empresas é comum o comportamento reativo, onde se espera ocorrer uma dificuldade para se buscar a solução. Com a Inteligência Competitiva este comportamento é minimizado dando lugar ao planejamento, antevendo situações e suas respectivas soluções mais indicadas.

Veja pontos importantes levantados pela IC:
- Prever movimentos da concorrência e mover ações para minimizar os impactos;
- Perceber, no mercado, oportunidades ou ameaças nunca avaliadas pela empresa;
- Fazer planejamento em longo prazo para um bom planejamento estratégico;
- Não depender dos próprios erros, em vez disso perceber os erros que a própria concorrência possa ter cometido;
- Perceber de forma mais precisa a repercussão das próprias ações perante o mercado;
- Tornar o modelo de negócios cada vez mais sustentável e perene.

Em projetos de internet é comum o postulante e empreendedor ser tomado pela onda de grandes projetos que deram milhões - quando não bilhões -, a seus criadores. Muitas vezes os empreendedores se esquecem completamente de que um negócio de Internet não deixará nunca de ser um negócio como outro qualquer, com contas a pagar, contas a receber, funcionários e outros detalhes normais de quaisquer projetos. Não há solução mágica neste maravilhoso mundo da Internet, apenas muito planejamento e esforço, que são fatores cruciais para o sucesso de um projeto web.
Independente de quem seja contratado para prestar uma assessoria de IC para o seu projeto, analise criteriosamente esta necessidade e não deixe de incluir este investimento no seu plano de negócios. Quanto mais ousado é o projeto, mais ele precisa ser planejado para que sejam minimizados riscos e ameaças a sua sustentabilidade.

Na EquipeDigital.com, onde desenvolvemos sites e sistemas web, em quase vinte anos de experiência na assessoria a empreendedores que querem montar seu projeto web, costumamos sempre prestar uma breve assessoria de Inteligência Competitiva, independente do tamanho do negócio. Desta forma, não atendemos o cliente apenas para captar os requisitos do projeto e montar um orçamento sem compromisso, mas também para entender sua proposta, seu modelo de negócios e avaliar em conjunto se sua proposta é sustentável. Após a contratação, buscamos trabalhar como parceiro do cliente, pois o sucesso de seu projeto será o sucesso de nossa empresa.

Mais do que apenas desenvolver o site ou sistema para a empresa contratante, dedicamos algumas horas para a assessorar seu negócio. É muito menos impactante para o tempo e o bolso do cliente se um erro de mercado for detectado no planejamento do projeto do que após a sua implementação. Há toda uma cadeia de ações que demandarão muito tempo, capital e principalmente esperança da parte do empreendedor. Avaliar exatamente como, se e quando os motores serão ligados, é crucial para qualquer projeto, seja dentro ou fora da Internet.

Tempo e fosfato investido em planejamento significa sucesso em quase todos os projetos.
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EquipeDigital.com é uma empresa da área da tecnologia da informação que desenvolve sites e sistemas para pequenas, médias e grandes empresas. Seus profissionais trabalham desde 1997 com projetos de internet e já auxiliaram mais de 200 clientes satisfeitos a obterem retorno do seu investimento.


Vicenzo Berti - EquipeDigital.comVicenzo Berti é sócio da EquipeDigital.com e trabalha com internet desde o milênio passado. Já trabalhou com vários projetos digitais no Brasil, em Portugal, Canadá, outros estados brasileiros e principalmente em Florianópolis/SC, onde reside.


16 de jun. de 2015

10 tendências de Internet e empreendedorismo para 2016


O que está vindo com tudo ou se afirmará como tendência no próximo ano?

Muitas coisas tem despertado a atenção de todos os usuários de internet e empreendedores nos últimos anos. Mas existem coisas que aparecem e depois não se consolidam.

Abaixo listamos as tendências concretas para 2016.



1 – Conteúdo como forma de divulgação da empresa, sua marca ou produto
Investimento em geração e distribuição de conteúdo em sites e redes sociais, reafirmando as estratégias de inbound marketing para empresas, sobretudo de pequeno porte.
Cada vez mais o todo poderoso algoritmo do Google se reafirma como líder nas listagens de pesquisas na Internet. Neste sentido, cada vez mais o algoritmo dará importância ao conteúdo dos sites e qualquer um que queira manter sua presença digital em relação aos seus concorrentes precisa investir em conteúdo específico para o seu nicho de mercado. Mas também não adianta escrever qualquer coisa e pedir pra secretária “colocar” no YouTube. É necessário um planejamento prévio e, pra isso, é bom você contar com uma empresa especializada ou um profissional especializado para este trabalho. O grande segredo é produzir conteúdo para o público que você deseja atingir. Se um cliente em potencial não for até o seu site, pelo menos ele poderá achar teu texto através do algoritmo do Google. Leia mais sobre isso neste artigo publicado em nossos canais.
Existem vários dados que comprovam que a médio e longo prazo o investimento em geração e publicação de conteúdo acaba por reduzir a necessidade de investimentos em anúncios, links patrocinados e outros.
O conteúdo é rei! Aproveite esta onda que veio para ficar.

2 – Internet das coisas
Não estou falando só no relógio da Apple (iWatch) ou Samsung (Gear) que se comunicam com o seu smartphone para atender chamadas, ler email e outras coisinhas do dia a dia, mas sim a internet em outros aparelhos como televisores, geladeiras, carros, óculos e até mesmo roupas. Ainda em 2016 a Internet das coisas entrará em nossas vidas da mesma forma que não vivemos mais sem as telas touch screen em smartphones e tablets. Logo você estará enviando um comando para a geladeira ou forno de micro-ondas para que o aparelho efetue um comando específico. Ou o seu carro avisará via WhatsApp ou SMS que você precisa trocar o óleo “dele”.  Ainda não estamos na história do livro Eu Robô, de Isaac Azimov, mas não demora muito.
Seja para interligar eletrodomésticos e utensílios que já conhecemos ou criando novos especificamente para uma nova função que ainda não existia, a Internet que interligará os dispositivos está só no começo e tem tudo para ter muito futuro. Quem já não se sentiu agoniado em usar uma câmera digital que não tem a possibilidade de compartilhamento por email, redes sociais e nem mesmo Bluetooth? Muito logo pensaremos o mesmo de nossa velha geladeira comprada há quatro anos e que ainda não nos avisa sobre a lista de compras a ser feita. Isso não parecerá estranho para muita gente até 2018.

3 – Otimização do tempo com aplicativos ou processos
Tudo bem que faz tempo que isso é tendência, mas com o crescimento do acesso móbile à Internet o crescimento de aplicativos que aperfeiçoarão a utilização do tempo em afazeres domésticos ou mesmo no trabalho será crucial para empreendedores e profissionais que cada vez mais buscarão agilizar o trabalho para que possam viver a vida.
Outra forma de otimização do tempo que estará cada vez mais em alta é a melhoria dos processos produtivos a fim de torná-los mais eficientes e por consequência possam demandar menos tempo de execução.
Além de gerar mais lucro para as empresas, proporciona mais qualidade de vida aos colaboradores e principalmente a executivos, o que acaba tornando-os mais felizes e eficientes.
Aliás, qualidade de vida também não deixa de ser uma grande tendência para os próximos anos.

4 – Impressoras 3D
Ainda muito caras, as impressoras 3D certamente serão presença certa em muitos lares e principalmente em empresas. Imagine uma peça que não há mais reposição no mercado? Dependendo da durabilidade da peça em muitos casos uma impressora 3D fabricará a peça que pode ser replicada muitas vezes. Seja pra compra da impressora ou mesmo contratação sob demanda, criando um mercado de bureaus de impressão 3D, veremos em poucos anos estes marcado expandindo exponencialmente.

5 – Relacionamento das marcas com o público
Não é novidade que as redes sociais se afirmaram no mercado e deixaram de ser coisa de adolescentes com tempo extra. Hoje grandes profissionais se utilizam das redes sociais para trabalhar, divulgar seus serviços ou produtos, bem como fazer negócio.
Mas o que será cada vez mais tendência será a relação que as marcas terão com o público, estando cada vez mais próximas e atentas ao que o público deseja e precisa. Quanto mais perto uma marca possa estar de seu público nas redes sociais, mais poderá crescer e se manter perante seus concorrentes.

6 – O vintage continuará com tudo
Sim, refiro-me a criação de produtos citando algum estilo de artes, design e costumes do passado. Num mundo onde parece que nada se cria, mas tudo se copia, naturalmente cria-se pouco e utilizam-se estilos antigos.
Embora eu até goste muito, sinto certa tristeza por afirmar que o vintage ainda será tendência, pois não me parece que qualquer uma das décadas do Século XXI será tão marcante quanto qualquer uma das décadas do século anterior. Digo isso em quaisquer pontos de vista das artes, design e costumes. Claro que somos muito melhores em tecnologia e inovação, mas em estilo... Espero que eu esteja errado e que venha algo realmente marcante nos próximos anos.

7 – A "gourmetização" se manterá
Dá até pra dizer que o vintage e a gourmetização são parentes, afinal há muitos foodtruks que vendem comida simples com um raio gourmetizador que vivem se utilizando do vintage para melhorar sua imagem.
Como dá retorno a muitos negócios, certamente continuará “na crista da onda” (que gíria mais antiga!) por alguns anos. Se você gosta de gastronomia e tem uma queda pelo vintage, terá um campo aberto para seu negócio.
Mas sugiro que, como sempre indicado, tente se diferenciar, pois muitos tentarão fazer o mesmo nesta tendência deliciosa.

8 – A experiência é tudo
Em geral a experiência que o cliente tem na compra e utilização com uma marca, produto ou serviço sempre foi importante. Hoje, mesmo o habitante de uma grande metrópole parece morar em um vilarejo digital, a experiência deixou de ser importante para o indivíduo, pois pode ser compartilhada.
Ser uma marca eficiente e “boa praça” é o futuro! Se a marca tiver responsabilidade social e ainda trouxer muito retorno ao cliente, é paixão na hora do namoro e amor de longa data.

9 – O WhatsApp se afirmará, e muito
Sim, até a sua avó vai passar a usar o WhatsApp, o que seria a última barreira da idade. Seu pedreiro, sua faxineira, o cobrador de ônibus e, sobretudo, o seu cliente já utilizam este canal. O que faz com você passe a pensar de que forma você pode utilizá-lo nos seus negócios. Minha sugestão é de que você passe a abrir este canal perante os clientes e também o utilize para avisos rápidos, promoções e novidades. A exemplo do que ocorre com email marketing e newsletters, tome cuidado com a periodicidade de envio de mensagens, pois ninguém gosta de excesso de comunicados, sobretudo em seu celular particular.

10 – Diferenciação de mercado
Estamos passando por uma crise que já nos trouxe a uma taxa de inflação alta demais para um país democrático e forte como o nosso. Gestão equivocada dá nisso. Quem sobrevive em meio a crises econômicas é quem se diferencia do mercado. Para isso, nada mais importante do que melhorar os processos e principalmente oferecer mais pelo mesmo preço para que o cliente tenha certeza de que seu capital investido valerá a pena e ele terá o retorno do investimento feito.
Diferencie-se para manter sua marca forte e presente para o seu público.

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Vicenzo Berti - EquipeDigital.comVicenzo Berti é sócio da EquipeDigital.com e trabalha com internet desde o milênio passado. Já trabalhou com vários projetos digitais no Brasil, em Portugal, Canadá, outros estados brasileiros e principalmente em Florianópolis/SC, onde reside.